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A Mãe e a Puta La maman et la putain

Um filme de Jean Eustache com Jean-Pierre Léaud, Bernadette Lafont, Françoise Lebrun

Podemos afirmar sem exagero que este é um dos filmes mais aguardados do ano, apesar de passarem cinquenta anos sobre o início da sua rodagem. 
E porquê? A Mãe e a Puta é um dos filmes mais venerados e mais citados da história do cinema. Muitos cineastas contemporâneos afirmam que foi para eles um dos filmes mais marcantes – desde Olivier Assayas, que afirma: “Tenho a impressão de viver com este filme, um dos melhores filmes franceses de todos os tempos, desde que ele existe”, a Jim Jarmusch (que dedicou a Eustache o seu Broken Flowers), Jane Campion, Harmony Korine ou Gaspard Noé. Em resumo: uma obra-prima absoluta. 


Ao longo dos anos tornou-se um filme de culto, também. As vezes em que era projectado eram raras, até porque não havia praticamente cópias, o que fez dele um indiscutível objecto de desejo. 
Foi finalmente restaurado em 4K e abriu a secção Cannes Classics na última edição do festival, numa sessão memorável que contou com a presença dos actores Jean-Pierre Léaud e Françoise Lebrun. Foi nesse festival que se estreou, não sem controvérsia, e de onde saiu com o Grande Prémio Especial do Júri, em 1973. 


A Mãe e a Puta é uma variação do clássico triângulo amoroso (e muito se escreveu sobre o que nele há de biográfico, mas não é isso que importa): Alexandre (Jean-Pierre Léaud) é um jovem ocioso, mas sempre ocupado, que deambula pelos cafés de Paris (o Rosebud, o Rostand, o Flore, o Deux Magots…), vive no pequeno apartamento de Marie (Bernardette Lafont), e inicia uma ligação amorosa com Veronika (Françoise Lebrun), enfermeira no hospital Laenec. E aí começa uma espécie de ménage à trois que, entre sentimentos e pulsões fortes, acaba por se tornar tensa e insustentável. 
“Em que romance crês tu que estás?”, diz a determinada altura Alexandre / Léaud. A Mãe e a Puta é também um filme de palavras (se fosse livro seria um grande romance), com extraordinários diálogos, citações, collages, (“falar com as palavras dos outros, deve ser isso a liberdade”), entre uma espécie de niilismo descarnado e um dandismo pré-punk, como alguns fizeram notar. 
O encontro do filme, que apesar dos anos continua a parecer tão jovem, com um novo público vai marcar profundamente o ano cinéfilo. 

1973 | França | M/16 | 3h 40m | Drama, Romance | Longa-metragem

Festivais e prémios

Festival de Cannes 1973

Selecção Oficial, Em Competição

Grande Prémio do Júri
Prémio FIPRESCI

Actores e ficha técnica

Bernadette Lafont 
Jean-Pierre Léaud 
Françoise Lebrun 
Isabelle Weingarten 
Jacques Renard 
Jean-Noël Picq
Jean Douchet
Jean Eustache
Jessa Darrieux
Bertha Grandval
Geneviève Mnich
Marinka Matuszewski


Pierre Cottrell apresenta
Uma co-produção Elite Films, Cine Qua Non, Les Films du Losange, Simar Films, V M Productions
Escrito e realizado por Jean Eustache
Fotografia Pierre Lhomme
Com a assistência de Jacques Renard, Michel Cenet
Som Jean-Pierre Ruh, Paul Laine
Mistura Nara Kollery
Guarda-roupa Catherine Garnier
Montagem Jean Eustache, Denise de Casabianca
Assistente de montagem Monique Prim
Argumento Irène Lhomme
Assistente de realização Luc Beraud, Rémy Duchemin
Fotógrafo de cena Bernard Prim
Chefe electricista Claude Bertrand

Distribuição: Leopardo Filmes

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