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France France

Um filme de Bruno Dumont com Léa Seydoux, Blanche Gardin, Benjamin Biolay, Juliane Köhler

Um dos filmes sensação da Selecção Oficial em Competição do Festival de Cannes, France oscila entre a sátira política, a crítica aos media e o melodrama, apresentando-nos o retrato de uma jornalista, de um país e dos seus meios de comunicação. France de Meurs – cujo nome não foi escolhido ao acaso – é uma célebre jornalista que se desdobra entre a televisão, uma guerra distante e o frenesim da sua vida familiar. 


Após um acidente de viação, do qual resulta um ferido, France vê o seu mundo abalado e tenta refazer a vida de forma anónima, mas a fama dificulta-lhe a prossecução desse plano. Bruno Dumont tece uma crítica mordaz ao meio jornalístico, no seio do qual tudo parece fielmente apresentado, mas onde o real é, na verdade, encenado e reconstruído, constituindo-se como o resultado de uma sociedade do espectáculo e do sensacionalismo, na qual o imediato assume o papel principal.  

2021 | França, Alemanha, Itália, Bélgica | M/14 | 134 min | Comédia, Drama | Longa-metragem

Festivais e prémios

Festival de Cannes – Selecção Oficial em Competição

TIFF Toronto International Film Festival - Special Presentations

Crítica

«Uma obra-prima espectral e deslumbrante, talhada à medida, com uma delicadeza de ourives, sobre a imbecilidade nas redes, o cinismo das elites e as injustiças gritantes que fazem parte do nosso quotidiano.»

Le Monde

«[…] Num filme mordaz e virtuoso, Bruno Dumont traça um retrato cruel de uma personagem encarnada por uma incrível Léa Seydoux (…) nunca voltámos a ver Léa Seydoux tão intensa e tão admirável.»

Libération

«Uma tragicomédia contemporânea sobre a máquina mediática cada vez mais descontrolada nos canais de informação contínua. […] France é o reflexo da nossa alienação e de um real esquecido, desmoronando-se sobre a sua própria reproductibilidade.»

Cahiers du Cinéma

Actores e ficha técnica

Léa Seydoux

Blanche Gardin
Benjamin Biolay
Juliane Köhler
Emanuele Arioli


Realização e argumento: Bruno Dumont
Fotografia: David Chambille
Música: Christophe
Direcção de Arte: Aurélien Maillé
Produção: Rachid Bouchareb, Jean Bréhat, Muriel Merlin
Distribuição: Leopardo Filmes

Biografia do realizador

Bruno Dumont, realizador e argumentista, nascido em França, em 1958, é um dos maiores nomes do cinema francês contemporâneo, com uma cinematografia singular. Na aldeia onde nasceu, roda os seus dois primeiros filmes, La Vie de Jésus (1997) e L’Humanité (1999). Ambas as longas-metragens foram aclamadas no Festival de Cannes: a primeira recebeu a Menção Especial Camera d’ Or e a segunda foi distinguida com o Grande Prémio do Júri e com um duplo Prémio de Interpretação (Melhor Actriz e Melhor Actor).


Nos seus filmes, Bruno Dumont explora a essência do homem e as suas motivações, colocando interrogações sobre a ordem do sagrado e olhando-as de forma profana – filma com brutalidade os corpos, as sensações e a natureza. Com Flandres (2006) venceu novamente o Grande Prémio do Júri no Festival de Cannes. Em 2014, Bruno Dumont foi um dos convidados do LEFFEST, onde apresentou O Pequeno Quinquin, em Competição no festival. O filme, que estreou no festival de Cannes e foi exibido na televisão francesa em formato de série, foi eleito a melhor obra do ano pela prestigiada revista Cahiers du Cinéma, que, no final dos anos 10, o colocaria também entre os melhores filmes da década. Voltaria a este universo com Coincoin et les z’inhumains (2018; Prémio Pardo d’onore Manor no festival de Locarno). 


Realizou ainda Ma Loute (2016) e Jeanne (2019, um dos seus filmes mais emocionantes, sobre Joana D’Arc, sobre a qual fizera, dois anos antes, Jeannette, l’enfance de Jeanne d’Arc), ambos na Selecção Oficial do Festival de Cannes, tal como France, que em 2021 integrou a Selecção Oficial em Competição.

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