Undine Undine
“Se me abandonares, vou ter de te matar”, diz a protagonista ao homem por quem está apaixonada quando eles se separam no café da esquina. Mergulhando no reino subtil do sobrenatural, Christian Petzold re-imagina a figura mitológica da ninfa aquática, Ondina, que se torna humana quando se apaixona e morre quando o seu amado a trai, transportando-a para uma história de amor do século XXI. Aqui, Undine é uma historiadora que trabalha no departamento de desenvolvimento urbanístico da cidade de Berlim. Reescrevendo o mito, o filme apresenta uma reflexão sobre a relação entre realidade e ilusão.
Festivais e prémios
Festival de Berlim – Urso de Prata para Melhor Actriz (Paula Beer); Prémio FIPRESCI para Melhor Filme
European Film Awards – Prémio Melhor Actriz
LEFFEST - Lisbon & Sintra Film Festival – Selecção Oficial em Competição. Prémio especial do júri para Franz Rogowski pela sua contribuição artística
Crítica
Le Monde
Positif
Les Inrockuptibles
Le Figaro
Télérama
Actores e ficha técnica
Paula Beer
Franz Rogowski
Maryam Zaree
Jacob Matschenz
Argumento: Christian Petzold
Director de Fotografia: Hans Fromm
Produção: Anton Kaiser, Florian Koerner von Gustorf, Michael Weber
Distribuição: Leopardo Filmes
Biografia do realizador
Christian Petzold é um realizador alemão conhecido como o mestre moderno do suspense, “herdeiro” de Hitchcock. Em 2000, realizou a sua primeira longa-metragem, The State I am in, um filme sobre um casal de terroristas alemães de esquerda, que venceu vários prémios, incluindo o German Film Award para Melhor Filme. Os seus três filmes seguintes estrearam-se no Festival de Berlim: Wolfsburg (2003), na secção Panorama, onde venceu o Prémio FIPRESCI, Fantasmas (2005) e Yella (2007) na competição oficial. Bárbara (2012) valeu-lhe o prémio de Melhor Realizador no Festival de Cinema de Berlim. Nas obras de Petzold, cineasta da “Escola de Berlim”, são recorrentes personagens que escondem verdades fundamentais sobre si mesmas e que encontram o seu “eu” dividido. Paranóicos e ansiosos, os seus filmes abordam formas de produtividade e individualidade próprias do modelo económico neoliberal, questionando, sem recorrer a clichés, o mundo laboral da “flexibilidade”.