Ana Catarina regressa do Brasil com seu Pai e a Ama para casar com um homem que não conhece e de quem não gosta. Uma terrível coincidência acontece quando, no mesmo dia, a jovem fica viúva e órfã, facto que a deixa herdeira de uma incalculável fortuna e cobiçada por todos os aristocratas da região. Apaixona-se por um formoso camponês, Adriano, com quem é impedida de casar, por não ser da sua condição social, tanto pela Ama como pelo seu tutor, o Padre do Palácio e, também, padrinho do referido camponês. Disputada por todos os aristocratas da região, vai casando com alguns deles e de todos se vê livre fazendo-os ingerir, com impenetrável candura, vidro dos seus copos de cristal pacientemente esmagados num almofariz, mantendo assim viva a sua paixão por Adriano que aceita ser o seu secreto amante até ao dia em que toma conhecimento de que um novo casamento aristocrático está a ser negociado para Ana Catarina. O desaparecimento de Adriano deixa-a numa situação de grande prostração e desespero até que é impelida pela Ama a aceitar o quarto casamento na certeza de que nunca mais verá Adriano.

Até ao dia em que o Padre lhe vem dizer, alguns anos depois, que o Adriano estava de volta, riquíssimo e feito barão por el-rei... Ana Catarina, que nunca esquecera a sua paixão por Adriano, lembra-se, então, que ainda há mais copos de cristal para partir...