Chris Marker, cineasta, poeta, escritor, fotógrafo, editor, designer, videografista e artista multimédia, tem sido um desafio para cinéfilos, filósofos, e até para ele próprio, através das suas complexas questões sobre o tempo, a memória e o rápido avanço da vida no planeta. O “armazém” de imagens de Chris Maker produz um novo cosmos de significados vários. O jogo do cineasta com o género documental, torna-se numa irónica análise às próprias tendências latentes do documentário. A abordagem de Marker funciona como uma espécie de evolução, como o papel origami japonês que se desdobra ou os novos processos de fotografia digital. Lançar o olhar sobre o trabalho de Chris Marker é um esforço para compreender os seus procedimentos de registo e construção das memórias. A memória possibilita o encontro.

O PONTÃO (LA JETÉE)

Na sequência de uma 3ª Guerra Mundial, um homem é mantido prisioneiro e submetido aos efeitos de uma viagem no tempo para a época do pré-guerra em busca de comida, mantimentos e talvez mesmo, uma solução para o destino da humanidade…Com a plataforma de embarque do aeroporto de Orly de uma Paris pós-apocalíptica como cenário de fundo, O PONTÃO (La Jetée) é tida como uma das grandes referências da História do Cinema de Ficção Cientifica. Em 1995, o realizador Terry Gilliam baseou-se em La Jetée para realizar o filme Doze Macacos.

SEM SOL (SANS SOLEIL)

Os pensamentos de um viajante narrados por uma mulher. Meditações sobre o tempo e a memória expressas em palavras e imagens de lugares tão distantes, como o Japão, a Guiné-Bissau, a Islândia e S. Francisco.

NÍVEL 5 (LEVEL 5)

Laura, uma programadora informática francesa, tem a tarefa de produzir um jogo de computador da Batalha de Okinawa, no Japão, durante a II Guerra Mundial. Sob a influência da história e das memórias passadas de testemunhos da batalha, Laura é conduzida a reflectir profundamente sobre sua própria vida e a da humanidade em geral…