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Canal ARTE exibe versão série alargada de “A Herdade”, de Tiago Guedes

O canal Arte France transmitirá, em exclusivo, uma versão alargada de A Herdade, de Tiago Guedes, em formato série. Esta versão, feita especialmente para aquele canal, será exibida no dia 11 de Junho, em horário nobre, às 20h55 (hora de Paris), em três episódios, com cerca de uma hora cada. Uma noite que será inteiramente dedicada à "Herdade".


Em Portugal, A Herdade foi uma das estreias que marcaram o ano no panorama cinematográfico nacional, tendo sido visto em sala por quase 80 mil espectadores. Uma das suas últimas exibições no grande ecrã decorreu no Cinema Nimas (Lisboa), em Janeiro, numa sessão que esgotou — quatro meses depois de estrear em sala — e que contou com a presença do realizador, Tiago Guedes, do elenco e do produtor, Paulo Branco.


Albano Jerónimo e Sandra Faleiro — que enchem o ecrã com interpretações sublimes — são os protagonistas desta saga de uma família proprietária de um dos maiores latifúndios da Europa, na margem sul do rio Tejo. Juntam-se a eles, num elenco absolutamente excepcional, Miguel Borges, Ana Vilela da Costa, João Pedro Mamede, Beatriz Brás, Rodrigo Tomás, João Vicente e Victoria Guerra, entre muitos outros. É com eles que mergulhamos profundamente nos segredos desta Herdade, numa obra que é simultaneamente o retrato da vida histórica, política, social e financeira de Portugal, desde os anos 40, atravessando a Revolução do 25 de Abril e até aos dias de hoje.


Candidato português a uma nomeação para a categoria de Melhor Filme Internacional na corrida aos Óscares, e candidato português a uma nomeação na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano nos Prémios Goya, A Herdade conta com 15 nomeações aos Prémios Sophia, entre elas as categorias de Melhor Filme e Melhor Realizador. Soma ainda o feito inédito de ser a primeira série de um realizador português a ser adquirida pelo canal francês.


Internacionalmente, A Herdade passou pela Biennale de Veneza, onde competiu pelo Leão de Ouro, na Selecção Oficial. Ao festival do Lido seguiu-se o Festival de Toronto, onde foi exibido na prestigiada secção Special Presentations.  O seu percurso inclui 13 festivais.


«Notável retrato de um patriarcado feudal a ser devorado pelas circunstâncias que o rodeiam.» Lee Marshall, Screen Internacional«A fotografia de João Lança Morais tem uma beleza formal inquestionável.» Jay Weissberg, Variety


«[Tiago] Guedes encontra o tom certo na forma como utiliza este material, ligeiramente mais austero do que o realismo puro. Eleva o clã e os seus problemas quotidianos para a esfera de algo que é intemporal e quase mítico, à semelhança de [Eça de] Queiroz.» Boyd van Hoeij, The Hollywood Reporter


«Um óptimo título da competição [da Bienalle…] é extraordinário ver-se o filme de [Tiago] Guedes na sua duração exponencial de 164 minutos, tudo de uma vez, imerso na imensidão da natureza silenciosa e maravilhosa, suspenso na flutuação do tempo.» Davide Turrini, Il Fatto Quotidiano


«Uma extraordinária saga de Tiago Guedes […], o filme também nos traz na sua viagem por um tempo português de meio século: para além da cinzentez salazarenta ( com que a energia do senhor absoluto da Herdade contrasta), a Revolução e os começos da globalização financeira. […] um grande fresco histórico […] num filme de recorte único entre nós.» João Barrento, Jornal de Letras, Artes e Ideias


«A Herdade é um triunfo artístico enquanto olha os espectadores de frente, sem sobranceria.» Pedro Marta Santos, revista Sábado


«Apesar de o filme ter estes ingredientes históricos e narrativos que lhe dão uma dimensão quase épica, pouco vulgar no cinema português, o que realmente o engrandece é o tratamento das personagens, psicologicamente elaboradas e fortes dentro das suas contradições. Tal deve-se, em primeiro lugar, ao trabalho de escrita de Rui Cardoso Martins e, mais tarde, do próprio Tiago Guedes. Mas também aos excelentes atores, destacando-se Albano Jerónimo, Sandra Faleiro e Miguel Borges. A Herdade é um grande filme português.» Manuel Halpern, Visão


«Tiago Guedes poderia ter lidado com tudo isto bem ou mal, melhor ou pior, com bom astral ou pulso fraco mas não: fê-lo com o fôlego que só pode ter vindo da inspiração. Essa coisa indefinível, meio dom, meio segredo, que faz com que todos os elementos se concertem e tudo esteja certo. […] Albano Jerónimo carrega o filme como se levasse uma mochila às costas. A sua própria mochila. Mais impressivo é difícil, um animal de cinema. A inspiração caiu sobre ele como um raio, num personagem bigger than life. Mas...e que dizer dos outros, no caso, todos os outros? Sandra Faleiro, Ana Vilela da Costa, João Pedro Mamede, Teresa Madruga, Miguel Borges...e aqueles que conheço menos. Um leque de actores cuja inspiração lhes colou à pele densas e tensas personagens. Raro luxo. Quando saí do cinema pensei em como se pode agradecer um filme assim. No teatro bate-se palmas, na pintura podem comprar-se as telas, no futebol trocam- se as cordas vocais por golos mas na penumbra silenciosa da sala de cinema, na matinée das 14 horas, vendo o genérico a sumir-se do écran, pensei que era um quase dever agradecer a quem nos serviu o banquete da Herdade.» Maria João Avillez, Observador

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