Em entrevista à AFP, o produtor Paulo Branco fala dos modos de produção e financiamento em França, e de como o cinema francês está a “auto-destruir-se”, submetido à burocracia em vez de recompensar a audácia.

A France TV refere que Paulo Branco, “o rei dos produtores independentes”, como o descreveu o director do festival de Cannes, Thierry Frémaux, “com mais de trezentos filmes produzidos, essencialmente entre a França e Portugal, que fez emergir um grande número de jovens cineastas e cujo nome será para sempre indissociável das obras de realizadores como Raúl Ruiz e Manoel de Oliveira” acrescentou, que, apesar disso, pensa “que ainda há lugar para ver emergir alguns novos grandes cineastas, os novos Godard e os novos Orson Welles, apesar de se estar a fazer tudo para impedir que isso aconteça”.

O artigo termina com a referência à nova edição do LEFFEST, fundado por Branco em 2007, e que decorrerá de 10 a 20 de Novembro, onde se reúnem grandes nomes do panorama internacional e artistas ou intelectuais menos conhecidos. Este ano, participarão no festival, entre outros, os actores John Malkovich, Michael Fassbender e Alicia Vikander, ao lado de realizadores como David Cronenberg, Abel Ferrara e Olivier Assayas, ou ainda a filósofa e activista americana Angela Davis.

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