Trinta anos depois da estreia, o sublime VALE ABRAÃO, produzido por Paulo Branco, está de regresso esta semana às salas de cinema francesas, em cópia restaurada 2K.

Trata-se da reposição em sala de um dos mais importantes filmes de Manoel de Oliveira e “um dos mais belos do mundo” (Cahiers du Cinéma). 

Partindo da vontade de adaptar Madame Bovary, o cineasta confiou à sua cúmplice, a escritora Agustina Bessa-Luís, a transposição do Flaubert para um Portugal contemporâneo. O resultado foi o romance Vale Abraão, que Manoel de Oliveira adaptou para cinema.

No ano passado, o filme foi o destaque da Quinzena dos Cineastas de Cannes — Leonor Silveira, a protagonista, descrita como “luminosa e aventureira”, surgiu no cartaz da secção, anos depois de VALE ABRAÃO ter tido aí uma recepção apoteótica: uma sala em pé a aplaudir durante 12 minutos.