Laguna Laguna
Na costa do Pacífico do México, na terra que Ina Marija escolhera como lar antes de morrer prematuramente, o seu pai e a sua irmã mais nova, Una, embarcam numa jornada que refaz os seus passos. Aí, no meio da natureza extraordinária e resiliente dos manguezais – numa Laguna castigada por furacões, mas perpetuamente renascida –, eles começam a navegar o delicado terreno do luto. Sharunas Bartas, que assina o filme, expõe as suas emoções num ato de transmissão, permitindo uma reconstrução ancorada nos ciclos naturais da vida e da natureza.
Festivais e prémios
Festival de Veneza 2025 – Giornate degli Autori
LEFFEST – Lisboa Film Festival 2025 – Grandes Mestres
Crítica
«Um belo retrato da força e da resiliência de duas pessoas que viveram uma tragédia indizível, o filme é de uma profundidade assombrosa e verdadeiramente inesquecível (...). Uma obra poderosa e essencial.»
International Cinephile Society (Matthew Joseph Jenner)
«O novo filme do realizador lituano Sharunas Bartas é uma viagem comovente pelo processo de um luto devastador, repleta de reflexões sobre a vida, a morte e a natureza.»
Cineuropa (Vittoria Scarpa)
«Sharunas e Una Marija não estão apenas a processar uma perda – juntos, estão a criar uma epistemologia da perda.»
In Review Online (Joshua Polanski)
Actores e ficha técnica
Elenco: Ina Marija Bartaité, Sharunas Bartas, Una Marija Bartaité, Bryan Ordonez Ruiz
Argumento: Sharunas Bartas, Geoffroy Grison
Direcção de Fotografia: Lukas Karalius, Alina Lu
Montagem: Alina Lu, Lucie Jego
Produção: Sharunas Bartas, Jurijus Stancikas, Alina Lu, Janja Kralj
Distribuição: Leopardo Filmes
Biografia do realizador
Nascido em 1964, em Siauliai, Lituânia, Sharunas Bartas formou-se no célebre Instituto Nacional de Cinematografia (VGIK), em Moscovo. Em 1989, fundou o Studija Kinema, primeiro estúdio independente na Lituânia, e desde cedo foi muito bem recebido pela crítica. Filmes como Três Dias (1991), estreado no Festival de Berlim de 1992, onde venceu o Prémio do Júri Ecuménico e uma menção honrosa para o Prémio FIPRESCI; Corredor (1995), Prémio FIPRESCI na Viennale; Few of Us (1996), estreado na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes; Freedom (2000), nomeado para o Leão de Ouro do Festival de Veneza; Seven Invisible Men (2005), estreado na Quinzena dos Realizadores de Cannes; e Peace to Us in Our Dreams (2015), construíram uma estética rara e delicada que continua a expandir-se na sua filmografia. As mudanças sociais e culturais provocadas pelo fim da União Soviética, as vidas arruinadas, as dificuldades de comunicação e o desespero são marcas dessa sua estética. Em Fevereiro de 2016, o Centro Pompidou dedicou-lhe uma retrospectiva. Presença assídua no LEFFEST (a sua última participação foi em 2020, com Na Penumbra, seleccionado para a Competição), regressa agora com o seu mais recente filme, Laguna (2025), estreado no Festival de Veneza, na secção Giornati degli autori. Laguna é o seu segundo filme lançado este ano, depois de Back to the Family ter sido seleccionado para a Competição Big Screen do Festival de Roterdão.


