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NOSTALGIA, o novo filme de Mario Martone, estreia-se em Portugal a 23 de Fevereiro

Partindo do romance homónimo de Ermanno Rea — ele próprio um escritor com uma ligação extremamente vincada à cidade de Nápoles, de onde era originário —, Mario Martone realizou uma bela e evocativa elegia ao passado, contraposto a um presente duro e descaracterizado: NOSTALGIA, filme que teve selecção oficial para competição no Festival de Cannes 2022, e tem conquistado tanto o público como a crítica no circuito internacional. Chega agora às salas portuguesas, onde se estrou a 23 de Fevereiro, com distribuição a cargo da Leopardo Filmes.


O brilhantemente taciturno Pierfrancesco Favino protagoniza Felice Lasco, que depois de vários anos a viver no Egipto, retorna a Nápoles para reencontrar a mãe idosa que havia abandonado sem aviso quando ainda era adolescente. De volta à sua cidade natal, perde-se entre as pedras das casas e as igrejas do bairro de Sanità, imerso nas palavras de uma língua que agora percebe como estrangeira, mas que na verdade é a sua.


Parece arrebatado por um estranho fascínio, e as memórias de uma vida distante que passou com Oreste – o seu melhor amigo de infância,  com quem partilha um segredo, interpretado por um (também impressionante) Tommaso Ragno – regressam ao seu âmago. Quando se torna evidente que Nápoles representa uma vida perdida para ele e que deve voltar o mais rapidamente possível para o lugar de onde veio, Felice vê-se tomado pela força invencível da nostalgia.


Dono de uma poesia visual emocionalmente arrebatadora, na forma pedestre e semidocumental como capta o seu discretamente intenso protagonista que ciranda pela cidade enredado num torvelinho emocional de memórias antigas, o filme completa o seu elenco com Francesco Di Leva, Aurora Quattrocchi, Sofia Essaïdi e Nello Mascia. Trata-se de uma produção franco-italiana de um dos cineastas europeus mais cativantes em actividade, que continua a explorar a sua ligação a Nápoles através do cinema e evoca o fantasma de Pier Paolo Pasolini de mais do que uma maneira. 


Depois de conquistar 4 e 5 estrelas da parte das principais publicações europeias de cinema, do Positif ao L'Obs, passando pelo The Guardian e Télérama, com textos embevecidos a serem escritos pelos seus mais criteriosos críticos, vem agora adornar as salas de cinema portuguesas, pela mão distribuidora da Leopardo Filmes, com as texturas rugosas da cidade meridional e os matizes mortiços da melancolia e do déjà-vu.

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