Notícia
1 milhão e 100 mil espectadores na exibição de A HERDADE no canal ARTE
O canal de televisão Arte exibiu na noite de ontem a mini-série A HERDADE, de Tiago Guedes, produzida por Paulo Branco, uma produção Leopardo Filmes e Alfama Films.
Foi uma noite inteiramente dedicada a A Herdade, que começou às 20h55, com a exibição dos 3 episódios (de cerca de 55 min cada), que foram vistos por 897 mil espectadores em França e mais de 200 mil na Alemanha, o que totaliza mais de um milhão e cem mil espectadores a ver a série em simultâneo, na primeira exibição em directo no canal.
A Herdade ficou em sexto lugar no ranking dos programas mais vistos nos canais de televisão franceses de ontem. A série ficará disponível na box do Canal Arte até ao dia 4 de Julho, o que a levará ainda a um maior número de espectadores.
O sucesso desta exibição já vinha a desenhar-se de há vários dias para cá, com o enorme destaque que a imprensa francesa estava a dar à série A Herdade. Foi capa e dossier da revista Magazine Arte, e recebeu os maiores elogios da imprensa francesa, com extensos artigos em jornais e revistas de referência, como Les Inrockuptibles, Libération, L'Express, Le Canard Enchaîné, Le Figaro, L'Humanité, La Croix, e várias revistas, da especialidade, como a Première, que também entrevistou o realizador Tiago Guedes, e a Télérama, e de televisão, para as quais A Herdade foi a sua "escolha da semana". E ainda programas de rádio, nomeadamente a France Culture, a France Inter, a Europa 1 e a RTL.
“Este fresco de uma beleza amarga, fascinante nas suas propostas e nuances, compõe com uma eloquência rara os silêncios, os olhares e os não-ditos, a fazer-nos lembrar os tempos demorados de Sergio Leone, o naturalismo social do '1900' de Bernardo Bertolucci ou a contemplação de Terrence Malick em 'Dias do Paraíso'." (L’Express)
“Projecto ambicioso, um dos mais fortes da Mostra veneziana.” (Première)
“ ‘A Herdade’ distende a sua elegante visão dos corpos e das paisagens. [...] Com um esquema clássico, que junta a grande e a pequena história, 'A Herdade' desenrola-se ao longo de várias décadas para contar um país, Portugal, e convence-nos com a sua duração.” (Les Inrocks)
“Cinquenta anos da história de uma propriedade agrícola familiar em Portugal, filmados como um ambicioso western: um fresco social e político.” (Télérama)
"Hábil no modo de nos mostrar o crepúsculo de um reino atacado com estrondo do exterior ao mesmo tempo que sugere que é sobretudo ameaçado pela putrefacção no seu próprio seio [ 'A Herdade'], na fronteira do western, é uma saga familiar de proprietários agrícolas, que vai da revolução dos Cravos aos nossos dias." (Libération)
“Magnificamente filmado, com interpretações perfeitas.” (Prisma Media)
“Conjugando os sobressaltos de um país e as convulsões de uma família, Tiago Guedes convoca com talento a imensidão das paisagens e o ímpeto confinado das personagens, o fim de um mundo (a ditadura de Salazar e o império colonial), e o princípio do que viria a seguir (a revolução dos Cravos, a adesão à União Europeia).” (Arte)
"A inteligência do argumento desenha uma personagem complexa, muitas vezes à beira do abismo [...]" (Le Canard Enchaîné)
“Tiago Guedes cuida bem dos enquadramentos e transições do filme, e consegue assim provocar uma profunda emoção, nomeadamente graças a um impecável desempenho de todo o elenco, sabiamente escolhido, à cabeça do qual está o implacável e impecável Albano Jerónimo.” (Abus de Ciné).